– O período de quarentena imposta em razão da pandemia pelo Covid19 –
A pandemia provocada pelo Coronavírus alterou bruscamente a rotina das pessoas, tanto profissionalmente, como afetivamente. Ficar isolado, em quarentena, provocou uma maciça intenção em ocupar o tempo, agora, livre.
Ocupar o dia de uma forma diferente, já que as pessoas ficaram impedidas de fazer o que estavam acostumadas. Não ter o que fazer ou, fazer de forma diferente da que estava habituado, está causando uma grande instabilidade emocional na maioria das pessoas.
Nos acostumamos a, simplesmente, dizer: “não tenho tempo”. Virou uma espécie de chavão para tudo que, realmente, não se tem interesse em fazer, no momento. A quarentena nos colocou diante de um dilema: tempo agora temos. E o que estamos fazendo? De qualquer situação, por mais positiva ou negativa que seja, é possível extrair aprendizados. A velha história de fazer do limão, uma limonada.
O cenário da pandemia já nos ensinou muito sobre a necessidade de realizar, rotineiramente, cuidados intensificados de higiene. Que este aprendizado possa ser incorporado no nosso dia-a-dia, passado este período. Outro legado deste período é a questão da administração do tempo; o que fazer, fora da rotina ocupacional traçada.
O período de quarentena nos impôs duras restrições. Que esta vivência possa ser revertida em aprendizado e crescimento emocional. Além de o isolamento da quarentena provocar esta instabilidade emocional a que fazemos referência, outra questão adiciona ainda mais ansiedade: a paralização da economia gera efeitos econômicos intensos.
Há o medo de haver recessão, de minar a recuperação econômica que se desenhava, de agravar o desemprego. Nós sentimos os efeitos desta paralização: eventos corporativos e sociais foram cancelados ou adiados.
Mas será que a preocupação com a economia deve se impor à justa preocupação com o combate à pandemia? Relativizar a importância e a necessidade em se realizar a quarentena pode trazer graves consequências ao propósito de debelar a crise sanitária.
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