Show must be paused - Toca da Villa

Show must be paused

– movimento nas redes sociais contra o racismo nos EUA –

Em meio a uma grave pandemia, que assola o mundo, mata centenas de milhares de pessoas, surge uma questão que nunca deixou de existir, mas agora sua coloração fica mais intensa: a falta global de empatia. O problema pertence ao outro. O egoísmo enraizado!

Se o problema não o atinge diretamente, o problema simplesmente não é seu e você não se importa: em síntese, há uma ciranda autocentrada, em que o que importa é o que te atinge diretamente, porque te atinge.

Vivemos isto no Brasil: em meio à pandemia, nossos governantes agem de forma ensimesmada, como se a vida das pessoas não importasse, realmente. Vamos pensar na economia! Sim, temos que pensar na economia, mas parece haver uma falta de priorização. Aparentemente, se o problema não o afeta diretamente, ele deixa de ter importância, relevância.

E vemos, do nosso sofá, a maior potência do mundo tremer, abalada por um movimento chamado Black lives Matter. A questão, ali, é o racismo enraizado, que atormenta a nação norte americana desde sempre.

O episódio gatilho foi o assassinato de um senhor negro, George Floyd, em uma ação policial que só o racismo enraizado pode contextualizar, ocorrido em Minneapolis, Minnesota.

A frase dita por Floyd ao policial: “I can’t breathe”, sensibilizou o mundo. A abordagem foi filmada e o revoltante episódio da miséria humana foi difundido, para toda a parte.

O movimento Black Lives Matter já existia, mas sua atividade voltou a ganhar fôlego diante desta mais recente atrocidade. O despropósito da ação, flagrantemente desnecessária e racista, chocou o mundo e gerou reações por toda parte.

A FIFA sempre puniu, com cartão amarelo, jogadores que utilizavam camisas com mensagens políticas e ou religiosas. A possibilidade de punição, agora, foi suspensa e jogadores puderam expressar seu apoio à causa. E o fizeram.

Cineastas, musicistas também expressaram seu inconformismo. E cada um, a sua maneira e dentro das suas possibilidades, vai fazendo a sua parte. É uma forma de fazer com que a vida importe. Sem que a cor da pele seja determinante para ter importância.

As redes sociais também não se abstiveram! No Twitter e no Instagram, com as hashtags: #TheShowMustBePaused, #BlackOutTuesday o que se buscou foi os artistas não postarem nada, como meio de protesto contra o ato racista praticado.

No Brasil, Digital Influencers, que possuem uma grande audiência, não se encolheram e, conscientes da influência que exercem, passaram a colaborar com valores críticos.

Sejam as questões postas no Brasil, sejam as questões trazidas ao debate público, nos EUA, o fato é que se importar – ainda que o problema não te afete particularmente – é fundamental.

By | 2020-06-11T10:56:11-03:00 junho 11th, 2020|Curiosidades|0 Comments

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