É evidente, em nosso cotidiano, que a música nos afeta física e mentalmente: seja quando ficamos felizes ao ouvir aquela música boa, seja quando sentimos arrepios, ao ser tocado por alguma memória emocional. A música nos afeta, também, ao fazer exercícios ao som de uma música ritmada, com a qual você acompanha cada batida e consegue aumentar sua resistência.
Tudo é interligado ao modo como a música age em seu cérebro. Há basicamente três etapas: percepção musical, reconhecimento e emoção.
O córtex auditivo primário e o giro temporal superior são áreas que influenciam pela percepção musical, que seria o como interpretamos e reconhecemos um tom, enquanto o de associação auditiva é sensível a sons mais complexos como a melodia e a harmonia.
O ritmo é processado no cerebelo em conjunto com os gânglios basais e lobos temporais superiores, o momento no qual você conhece a música ou quando você se emociona com ela envolve o orbito-frontal e o sistema límbico.
Para se ter dimensão da influência que a música pode ter sobre nós, existe um estudo relativo ao Efeito Mozart, no bojo do qual foram analisadas crianças expostas à Sonata de Mozart, por 10 minutos, esse trabalho científico provou, indubitavelmente, que o ensino da música aumenta muito a capacidade mental das crianças.
Se elas forem apresentadas às obras de Mozart bem cedo, quando ainda estão desenvolvendo sua rede neural, o resultado positivo pode durar para toda a vida, alegam os especialistas.
A música possui um alto potencial terapêutico a ponto de ser usada para a cura do Parkinson, demência senil, hiperatividade e até mal de Alzheimer.
Foi comprovado em uma experiência feita com onze crianças de Taiwan com idade entre 2 a 14 anos com epilepsia, comparando as crises de 6 meses antes do tratamento e 6 meses durante a exposição.
O resultado foi surpreendente: 73% das crianças obteve uma melhora de 50% nas crises e em 2 pacientes não tinham mais problema algum. Isso ocorreu porque a música pode estimular a liberação de dopamina, podendo funcionar como um verdadeiro anticonvulsivante.
Logo, a música rege toda nossa relação externa com o mundo e até interna pessoal. Somos, inequivocamente, sensíveis às ondas sonoras. Mas toda essa reação causada se dá por conta de todas as áreas que a música estimula, em nosso cérebro.
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