– A Igreja católica batiza crianças cujos pais são homoafetivos –
Estamos vivendo um momento social de extraordinária compreensão de que é dever de todos tolerar a diferença; seja que diferença for. Independentemente de sua particular convicção. É seu direito concordar ou não e adotar para si uma conduta; ou não adotar, mas o respeito é devido a tudo e a todos.
Em sentido oposto a isto, a Igreja Católica sempre adotou posturas extremamente conservadoras: o conservadorismo é a regra, independente do caso específico. Aliás, ela mesma é um pilar do conservadorismo nos costumes. Os dogmas e as encíclicas católicas demonstram isto.
Mas, em que pese os valores tradicionais, que sempre pautaram a Igreja, houve a necessidade de se adequar e passar a tolerar comportamentos existentes na sociedade.
A homoafetividade, em si, é rejeitada pelo catolicismo. Mas no batismo, o foco não está nos pais – ou as condições que os cercam – mas sim, na criança. Portanto o catolicismo deve, como regra, permitir o batismo de crianças cujos pais são homoafetivos.
Há relatos de casais homoafetivos de que não conseguiram batizar seus filhos. Um destes casos é o de Toni Reis, o diretor da Aliança Nacional LGBTI. Ele pediu a quatro padres de Curitiba que batizassem seus três filhos. Nenhum deles se prontificou a realizar a cerimônia. Segundo Reis, usavam desculpas frívolas, como problema de agenda e falta de vaga. Ele o marido procuraram o arcebispo da cidade, Dom José Antonio Peruzzo, que destacou um padre para a celebração, realizada na catedral da capital paranaense. “Nós vamos batizar as crianças, não o casal”, disse Peruzzo na época.
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